Progresso da Leitura:
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Mauro Barbosa Jr.

Mestre em ciências/urologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Especialista em fisioterapia pélvica 

Membro do comitê de ética da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana 

Coordenador do Departamento LGBTQIA+ da Associação Brasileira de Estudos de Medicina e Saúde Sexual

Professor de pós-graduação em fisioterapia pélvica e sexologia

Dor no pênis, localizada na uretra após urinar ou ejacular? 

Dor atrás do escroto, em região perineal? 

Piora da dor quando fica sentado muito tempo?

Vontade ir no banheiro urinar várias vezes ao dia, inclusive à noite?

Por vezes dói dentro do ânus, dando sensação de nó?

Se você respondeu a maioria destas perguntas de forma afirmativa, você pode estar com uma uretrite!

Se você respondeu a maioria destas perguntas de forma afirmativa, você pode está com uma uretrite! Mas calma, neste caso não estamos falando de uma uretrite infecciosa, que pode ser causada por bactéria como a Clamídia ou outra infecção sexualmente transmissível. Porém, para descartar essas possibilidades infecciosas, é importante realizar uma consulta médica, exames e testagens, especialmente se teve uma relação sexual desprotegida (sem o uso da camisinha), não importa sua sexualidade, que tipo de coito fez (vaginal ou anal), quem é sua parceria sexual e o status da sua relação. 

Bom, mas o que uma uretrite tem a ver com dor pélvica crônica? Quando a uretrite, com aqueles sintomas referidos lá em cima, não é de causa infecciosa e está se manifestando há mais de 6 meses, a consideramos uma dor pélvica crônica. 

Dor pélvica crônica é um termo guarda-chuva para designar dor crônica na pelve não infecciosa, que pode ser de origem urológica (como próstatite, uretrite ou cistite), proctológica (anismo, proctaldia fugaz dentre outras), nervosa (neuralgia do pudendo, por exemplo) e até de origem muscular, como nos casos da síndrome do lavantador do ânus. Independente da origem, a dor pélvica crônica cursa com distúrbio da musculatura do assoalho pélvico, gerando dor e excesso de tensão muscular locais, intensificando e retroalimentando a dor na pelve, períneo ou genitália (pênis, escroto e testículos).

Tratamento por Laser

Em alguns casos a dor pélvica de origem urológica e muscular tendem a manifestar sintomas urinários, como vontade repentina e muito intensa de ir urinar, mas geralmente com volumes urinários baixos, jato urinário fino, picotado ou gotejante, dificuldade de começar a urinar e esvaziar completamente a bexiga, idas muito frequentes ao banheiro durante o dia e mesmo à noite, etc. Chamamos esses quadros de síndrome, por poderem apresentar vários sintomas associados. Por tanto, a dor pélvica crônica, vem sempre associada desse quadro sindrômico, que majoritariamente apresenta distúrbio do assoalho pélvico.

A fisioterapia pélvica atua mais precisamente nos distúrbios do assoalho pélvico, reduzindo os focos e intensidade de dor. Há ferramentas terapêuticas que atuam também no controle neural da dor, comumente presente nos casos de dor crônica. Tais intervenções podem diminuir ou impedir o ciclo de dor (dor-espasmo-dor), fazendo com que este não fosse retroalimentado. Assim mesmo nos casos de dor de localização visceral, como na uretrite, o controle do quadro sindrômico pode contribuir para reduzir tais manifestações dolorosas localizadas.

Você apresenta alguns desses quadros? Entre em contato e agende uma consulta!

Ah! Vale lembrar que hoje contamos com vasta arsenal para prevenção e detecção precoce, porém a camisinha ainda é o único método com maior espectro de proteção das Infecções Sexualmente Transmissíveis e HIV. Se informe e busque os cuidados preventivos adequados na Unidade Básica de Saúde mais perto da sua residência e viva sua sexualidade de forma prazerosa e feliz. Cuide-se bem! 

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Mauro Barbosa Jr.

Mestre em ciências/urologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Especialista em fisioterapia pélvica 

Membro do comitê de ética da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana 

Coordenador do Departamento LGBTQIA+ da Associação Brasileira de Estudos de Medicina e Saúde Sexual

Professor de pós-graduação em fisioterapia pélvica e sexologia

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